terça-feira, 17 de abril de 2012

Salão Internacional do Livro: Espaço Autores Regionais promove valorização de escritores da cidade e Alto Tietê

Entre os diversos estandes dispostos no Salão Internacional do Livro de Suzano, o espaço Autores Regionais tem uma importância toda especial por ter como objetivo promover a valorização dos escritores de Suzano e do Alto Tietê.

O espaço, coordenado pela Associação Cultural Literatura do Brasil, proporciona ao público saraus lítero-musicais apresentados por diversos coletivos, sessão de autógrafos e oficinas ligadas à literatura.

O coordenador Literário da Prefeitura e escritor Ademiro Alves, o Sacolinha, destaca a importância da participação destes autores no evento. “Neste tipo de feira sempre são chamados autores famosos de fora da cidade e até de outros países, mas isso não pode nos impedir de valorizar e colocar em evidência o que é nosso, o que é feito na cidade”, explica.

A escritora, poetisa e professora Maria Cristina Aro, integrante da Associação Cultural Literatura do Brasil, esteve presente nesta segunda-feira (16/4) no estande para autografar seu livro Dez Contos da Vida Alheia.

“Por ter muito tempo de experiência com alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos), ela (Maria Cristina Aro) escreveu esse livro com contos fáceis de ler e letras grandes para simplificar a leitura, pois compreende as dificuldades de grande parte destes alunos. Mas, acima de tudo, entende a importância da leitura na vida de uma pessoa”, explica Sacolinha.

Assim como ela, outros autores participarão de atividades no estande até o dia 22 de abril.

Literatura Marginal

Apesar de não se considerar um autor de literatura marginal, o escritor Sacolinha, que se define como escritor apenas de literatura, fala da importância desta vertente. “A literatura é para todos e pode ser feita por todos, mas muitos não sabem ou se esquecem disso. A importância desse movimento é sem dúvida o incentivo à leitura”, diz.

Em entrevista, o escritor revela que o primeiro livro que leu foi Diário de uma Favelada, de Carolina Maria de Jesus. “É um livro considerado literatura marginal, pois ela era uma pessoa da favela falando para outras pessoas na mesma situação. É muito mais fácil, inicialmente, uma pessoa dessas se identificar com quem escreve coisas mais próximas do seu dia a dia, do que com um Machado de Assim, por exemplo. Mas posso dizer por mim, comecei com literatura marginal e hoje leio os clássicos”, afirma Sacolinha.


Heloísa Pantoja

http://www.suzano.sp.gov.br/CN03/noticias/nots_det.asp?id=7060

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