quarta-feira, 18 de abril de 2012

2º Festival de Teatro de Suzano começa nesta quinta-feira (19/4)

Nesta quinta-feira (19/4), começa o 2º Festival de Teatro de Suzano. Até dia 29 de abril, o público poderá conferir uma variedade de espetáculos encenados sempre às 20h, no Galpão das Artes (rua 9 de Julho, 267 – Centro). A programação é gratuita. O evento é realizado pela Prefeitura de Suzano, por meio da Secretaria de Cultura, em parceria com a Associação Paulista de Artes Cênicas (APAC).

Serão nove espetáculos apresentados ao longo de duas semanas de festival, que busca fazer com que a cidade respire arte e que o público possa interagir com o teatro. A programação será aberta com o espetáculo “As Noivas de Nelson”, da Cia. Paulista de Artes, de Jundiaí.

A peça é uma adaptação de Nelson Rodrigues feita e dirigida por Marco Antônio Braz. O enredo é uma radiografia patética do ser humano e seus encontros e desencontros a procura do amor. Da exibição de pequenas falhas que ganham dimensões trágicas, reflete com muito humor a dicotomia Amor X Morte, elemento fundamental da ficção e do teatro de Nelson Rodrigues.

O espetáculo teve três temporadas na cidade de São Paulo, uma no Rio de Janeiro, circulou pelo interior do Estado de São Paulo, participou de inúmeros Festivais de Teatro, incluindo, em setembro de 2009, a participação na Mostra Internacional de Teatro de Oeiras (MITO), em Portugal, tendo recebido até o momento 60 prêmios.

“Esse ano, a participação de novos grupos e outros convidados ressalta bem a rotatividade de espetáculos e artistas que passam por aqui. É com grande prazer que a Associação traz mais um ano de Festival, com acesso gratuito, ao que há de mais novo nas artes, juntando grupos novos e outros mais experientes”, ressalta Tuane Vieira, presidente da APAC.

A APAC tem como objetivo deixar fortalecer a interação entre os grupos de teatro, o público e o espaço, deixando marcas na história de Suzano. No ano passado (2010), a primeira edição do evento contou com público de 1500 pessoas durante oito dias.

O festival permite ainda que a população tenha contato com a força e características marcantes da produção teatral suzanense. “O teatro de Suzano olha para a identidade da própria cidade e a transforma em linguagem, estética e luta. Olhamos para este festival não apenas como um evento que atrai público, mas como um cotidiano que escolhemos. É quando um grupo olha para o outro que celebramos nossas conquistas e nosso coletivo”, afirma Cleiton Pereira, Coordenador de Artes Cênicas da Secretaria de Cultura.

 

Coletivo Cênico

Os sete grupos que se apresentarão no 2º Festival de Teatro de Suzano fazem parte do Coletivo Cênico de Suzano. O evento reflete uma conquista dos artistas do grupo, que é responsável por aglutinar, organizar, articular e fortalecer o movimento de teatro da cidade.

Desde 2005, os grupos começaram a se reunir buscando soluções coletivas e a troca de experiências para fortalecer os iniciantes. Uma das ações foi ocupar o espaço do Galpão das Artes com temporadas teatrais ininterruptas. Nestas temporadas cada grupo em cartaz contava com a bilheteria, a iluminação, a divulgação dos outros grupos.

“O Coletivo Cênico foi fundamental para os grupos fortalecerem suas atividades e compartilharem experiências com outros parceiros e também criar diretrizes para as ações dentro da secretaria Municipal de Cultura”, afirma Cleiton.

 

Programação:19/4 (quinta-feira)

As Noivas de Nelson, da Cia. Paulista de Artes (Jundiaí)

Uma radiografia patética do ser humano e seus encontros e desencontros a procura do amor. Da exibição de pequenas falhas que ganham dimensões trágicas, reflete com muito humor a dicotomia Amor X Morte, elemento fundamental da ficção e do teatro de Nelson Rodrigues.

 

O Grupo

A Cia. Paulista de Artes, núcleo cooperado da Cooperativa Paulista de Teatro surgiu em 1.991. Com o histórico de muitos trabalho, viagens e reconhecimentos nacionais e internacionais, em Março de 2008, estréia em Curitiba, na programação do Festival de Teatro, “As Noivas de Nelson”, espetáculo de Nelson Rodrigues, com adaptação e direção de Marco Antõnio Braz, recebendo indicações como um dos 6 melhores espetáculos do Festival. Este espetáculo cumpriu três temporadas na cidade de São Paulo, uma no Rio de Janeiro, circulou pelo interior do Estado de São Paulo, participou de inúmeros Festivais de Teatro, incluindo, em setembro de 2009, a participação no MITO – Mostra Internacional de Teatro de Oeiras, em Portugal, tendo recebido até o momento 60 prêmios.

 

Ficha Técnica

Texto: Nelson Rodrigues

Adaptação e direção: Marco Antônio Braz

Assistente de direção: Anamaria Barreto

Elenco: Aline Volpi, Anamaria Barreto, Ana Paula Castro, Basilides Ortega, Edivaldo Zanotti, Marcelo Peroni, Rosangela Masolli e Vladimir Camargo.

Cenários e Figurinos: Juliana Fernandes Torrezin, Vivi

Iluminação: Guilherme Bonfanti

Sonoplastia: Marco Antônio Braz/ Nando Perlati

Produção: Marcelo Peroni e Marici Nicioli

Fotografia: João Ballas

Projeto Gráfico: Rosangela Torrezin

 

20/4 (sexta-feira)

O Sequestro do Secretário de Cultura, do Grupo Convidado: Cia. do Escândalo (Mogi das Cruzes)

“É um grupo de teatro que interpreta um grupo de teatro que seqüestra o Secretário de Cultura”. Como pano de fundo, com o objetivo de usar o exemplo mais familiar e próprio possível, o espetáculo traz a analogia da classe artística, auto-denominada discriminada, não reconhecida, marginalizada e subvalorizada. Dessa maneira, na história contada, um grupo de teatro seqüestra o secretário de cultura da cidade em represália à falta de oportunidade de participar das atividades artísticas oficiais, e de receber por isso. A partir desse enredo, a princípio visto como improvável, o espetáculo busca provocar uma discussão sobre o desejo da sociedade de mudar para melhor em contraposição ao esforço que está disposta a fazer.

 

O Grupo

A Cia do Escândalo busca pautar seus espetáculos pela pesquisa e discussão de assuntos que entende como de relevância social. Construiu seu trabalho com espetáculos que falam das relações humanas, profissionais e sociais, como Eu Te Amo(1997), O Tribunal da Santa Ignorância (1998 e 2010), Fratelo (2002), Putismo (2008), Intolerância (2009) e O Seqüestro do Secretário de Cultura (2011). Em 2009, a Cia do Escândalo funda, em Mogi das Cruzes (SP), o Galpão Arthur Netto de Cultura e Cidadania, espaço cultural de resistência artística e política que tem o objetivo de abrigar artistas da região do Alto Tietê e, ao mesmo tempo, promover a troca de fazeres e pensamentos artísticos e teatrais com artistas e grupos de outras localidades, além de ajudar a formar público de teatro na região do Alto Tietê.

 

Ficha Técnica

Elenco: Danilo Meireles, Helder Martinêz, Meyson, Nilceu, Rodrigo Romão Batista e Sara Fernandes.

Concepção de cenas e texto: Cia do Escândalo

Concepção de Luz: Meyson e Nilceu

Marchinha do Secretário: Cia do Escândalo

Operação de luz e som: Manoel Mesquita Junior

Direção de arte: Rui Longo

Preparação Corporal: Jorge Peloso

Fotos: William Ferro

Argumento, Dramaturgia e Direção Geral: Manoel Mesquita Junior

 

21/4 (sábado)

O Conto de Beatriz, da Troupe Parabolandos

Beatriz é uma garota que vive em uma cidade fria e sem cor, com seu Avô, um velho ranzinza que sempre a trata de forma ríspida. Tenta sustentar uma amizade com Manuela, a única pessoa que aparentemente quer ajudá-la. No entanto, Beatriz ainda consegue encontrar esperança em seu fiel companheiro, Sebastian, um boneco de pano velho e remendado que ganhou de sua falecida Avó.

 

O Grupo

Desde 29 de setembro de 2005, a Troupe Parabolandos desenvolve uma pesquisa que promova a reflexão do público, de forma que a maioria dos roteiros procura expor o paradoxo, a incoerência, a ignorância, intensificando bem as neuroses e loucuras dos personagens, com forte ironia, que é base do Teatro do Absurdo. Um contexto bastante expressivo, trágico, cômico, aprofundado pela discussão psicológica de cada ser apresentado.

Observando as pessoas, suas ações e atitudes em seu cotidiano, percebemos como um mesmo indivíduo pode ter reações diversas frente a um mesmo problema dependendo da situação na qual se encontra, tanto exterior quanto interior.

 

Ficha Técnica

Elenco: Alex Velardo, Bárbara Maria, Dani Lopes, Daniel Maxuel, Gell Marcondes, Keyla Godoy, Marciana Macedo, Rafa Marcondes

Produção Geral: Gell Marcondes

Gerenciamento: Keyla Godoy

Técnicos: Jhow Tavto e Otávio Rodriguês

Arte Gráfica: Rômulo Cabrera

Publicidade, Divulgaçâo e Marketing: Marciana Macedo

Assistente Geral: Dani Lopes

Direção Geral: Rafa Marcondes

 

Dia 22/4 (domingo)

Turvo Devaneio, da Cia. dos Fulanos

Por amar demais tudo aconteceu. Ludmila amou e foi amada. Bernardo prometeu que esperaria por séculos se fosse necessário. Mas essa história acontece em uma geração difícil, em que a mãe é presa aos trejeitos e aos costumes familiares, enquanto o pai, com toda frieza, se importa apenas com o nome a zelar e a imagem da família. Nesse cenário, a paixão de Ludmila por um rapaz infortunado inicia seu turvo devaneio.

 

O Grupo

A Cia. dos Fulanos se formou durante uma finalização de oficina pela Prefeitura de Suzano em 2010, com a peça "A Pena e a Lei".

Em 2011 o grupo realizou a montagem de uma peça de própria autoria, "Turvo Devaneio", a qual rendeu os prêmios de melhor dramaturgia, melhor direção e melhor peça na 4ª Mostra Juvenil de Artes Cênicas. Também em Novembro 2011 o grupo realizou um evento, a Semana da Arte Alheia, para comemorar o aniversário de um ano, onde vários grupos emergentes em Suzano puderam apresentar seus trabalhos. Atualmente, o grupo está em processo de estudo para uma nova peça prevista para Setembro.

 

Ficha Técnica

Elenco: Carla Shinabe, Kayc Rabello, Paloma Aline, Fábio Henrick, Débora Sacomani

Participação Especial: Daniel Maxuel, Elizandra de Oliveira e Renan Cardoso

Iluminação: Otávio Rodrigues

Sonoplastia: Jhow Tavto e Fábio Henrick

Operador de Luz: Otávio Rodrigues

Operador de Som: Jhow Tavto

Dramaturgia: Carla Shinabe

Apoio Técnico: Miiller Pereira

 

26/4 (quinta-feira)

O Abatedor, da Cia. Caixa de Nozes

Néris, um cara pacífico, que ao longo de vários anos trabalhou em um abatedouro de animais, começa a ter surtos imaginários em seu subconsciente com a mistura da vida social e profissional, o que causa desavenças e crises em seus relacionamentos.

 

O Grupo

O grupo surgiu em 2004 Após o fim do espetáculo “As Aventuras Nada Verdadeiras em Entremeios Delirantes de Lampião Enquanto Sonhava”. Fundado por um Iluminador, os experimentos Luminotécnicos estão sempre presentes em processos de espetáculos visando uma renovação natural da estética visual das peças.

A Cia. Caixa de Nozes, prima pelos estudos da psicologia humana “como, pra que, por que, quando” são perguntas sempre presentes quando a o estimulo da pesquisa, essas surgem de acordo com o que nos intriga, seja ao nosso redor ou mesmo em áreas que não são de nosso convívio, mais de alguma forma nos gera curiosidade.

 

Ficha Técnica

Criação: Fabio Thomaz e Tomate Saraiva

Interpretação: Carlos Rei

Iluminação: Tomate Saraiva

Técnica: O Grupo

 

27/4 (sexta-feira)

Peripécias , de Laboratório de Manipulação

Espetáculo de bonecos baseado na obra infanto-juvenil "Peripécias de minha infância" do escritor Sacolinha. O livro narra aventuras e experiências de um menino nascido na periferia, que mesmo convivendo com a pobreza e a violência conseguiu, com sua criatividade e imaginação, superar os obstáculos da vida de menino pobre e ter uma infância muito alegre e divertida.

 

O Grupo

Surgiu em 2002, sendo resultado do trabalho desenvolvido pelos atores Drico de Oliveira e Álvaro Morau no Centro de Estudos e Práticas do Teatro de Animação, coordenado pela Cia Truks através da lei do Fomento a Cultura da cidade de São Paulo. Desde então, o grupo vem desenvolvendo um trabalho de pesquisa dentro do teatro de animação .

 

Ficha Técnica

Texto: Sacolinha

Bonecos/Cenário: Beto

Elenco - Rafa Marcondes

Keyla Godoy

Alvaro Morau

Direção - Drico de Oliveira

Produção, Som e luz - Patrícia Oliveira

 

28/4 (sábado)

 E Se Ela Agora Se Fosse?, da Cia. Eclipse

A peça retrata os transtornos criados por um jovem que passa a se questionar sobre sua existência. Era ELA bela, sim. Mas a esse ponto já deveria lhe ter dito quem era, o que fazia, onde morava, e o motivo de lhe ter trazido ali.

 

O Grupo

O grupo foi criado em 13 de junho de 2005 por Adriana Reolon, e passou por várias montagens. Após um breve recesso, voltou ano passado com força total e além desse espetáculo, ganhou novos apoiadores e duas novas montagens para o fim do ano.

 

Ficha Técnica

Elenco: Gustavo Godoy, Yasmin Oliveira, Felipe Lima e Anna Britto

Texto: Gustavo Godoy

Direção: Carlos Rei

 

28/4 (sábado) Horário: 16h

Local: Praça Cidade das Flores

A Menina da Cabeça de Bola, do Teatro da Neura

Mais um dia comum de trabalho para “Os cinzas”. Dentro do mundo em quadrinhos, eles precisam de uma história pra contar, mais uma vida para se divertir e quem sabe conseguir transformá-la em um dos seus. São dez quadros, dez situações da vida de uma menina com a cabeça de bola. O primeiro amor, as pequenas frustrações diárias, a família, os medos e as escolhas são colocadas a prova como em um grande tabuleiro de um jogo real.No fundo, “somos todos menina”. Sejam bem vindos a essa grandiosa história em quadrinhos ao vivo. Sejam bem vindos a esse mundo onde todo mundo é um pouco menina, com uma enchente de vida e uma única cor: a dela.

 

O Grupo

O grupo foi criado em 2004 e trabalha essencialmente com dramaturgia própria. Esse espetáculo é baseado na obra de Mila e Zelda, com ilustrações de Horn, artistas de Santa Isabel. O projeto foi contemplado no edital de ações culturais do Ensaiando um País Melhor, e estreiou em outubro de 2011, circulando por entidades e escolas de Mogi das Cruzes.

 

Ficha Técnica

Os cabeças de bola: Horn, Mila e Zelda

A menina: Juliana Franco e Carol Portella

Os outros cinzas: André Antero, Cibele Zuchi, Nanda Gomes, Lígia Berber e Tuane Vieira

Direção: Antônio Nicodemo

Preparação Corporal e orientação vocal: Juliana Franco

Cenografia: Amabile Luz e Horn

 

29/4 (domingo)

O Incrível Homem pelo Avesso, do Contadores de Mentira

Este espetáculo celebra o Mito Popular por meio de um festejo que nos levará para uma encenação teatral e depois disso, um “caminho” a ser percorrido. O público seguirá os “passos” de nossos vários “Antônios Conselheiros” e principalmente dos “Conselheiristas”, apóstolos que foram responsáveis pela construção da sociedade de Canudos. Fala-se pela feira... pela comida... fala-se pela música... por palhaços... pelo corpo... pelo sonho... pela mítica... pela reza... pela morte... pela vida... pela ressurreição...

 

O Grupo

O Grupo Contadores de Mentira atua desde 1995 e possui raízes com a cidade onde produz. Atua como associação, como grupo de teatro, como Mídia Livre, como Brincante, como cortejo, luta, resistência, articulação em rede, articulação com a comunidade e outros coletivos, entendendo que um projeto pode ser muito maior que um espetáculo isolado.

A possibilidade de articular com a comunidade à partir de um produto artístico e por consequência gerar novas demandas e diálogos culturais fazem parte dos objetivos deste trabalho. Assumir o papel de troca com a sociedade identificando aqui a própria comunidade onde vivemos.

 

Ficha Técnica

Direção e Dramaturgia: Cleiton Pereira

Elenco: Ailton Barros, Ailton Ferreira, Nilceu Santos, Danilo Souza, Daniele Santana, Drico de Oliveira, Samuel Vital, Michael Meyson, Camila Rafael, Priscila Klesse, Soraia Amorim, Marco senna, Gabi Oliveira e Cleiton Pereira

Atores Colaboradores: Arnaldo dos anjos, Matheus Borges, Nara Borges,

Composição e Direção Musical: Michael Meyson

Músicos: Memeu Cabral, Dani Anjos, Michael Meyson e Juá de Casa Forte, Sara Key

Iluminação: Taciano L. Holanda

Figurinos: Contadores de Mentira

Cenário: Cleiton Pereira

Produção: Cleiton Pereira, Daniele Santana, Drico de Oliveira

Assessoria de Imprensa e Design Gráfico: Daniele Santana

Coletivo Cênico – Todos Por Todos


Géssica Brandino

 

http://www.suzano.sp.gov.br/CN03/noticias/nots_det.asp?id=7062

Nenhum comentário:

Postar um comentário